Glifosato – o cerco está se fechando. PARTEII

Wilson Noriyuki Holiguti

Ainda em março de 2015, a agência regulatória norte-americana coligada à EPA, California Office of Environmental Health Hazard Assessment (OEHHA), anunciou a intenção de listar o glifosato como um “carcinogênico reconhecido” com base na análise da IARC, a Monsanto empresa detentora da marca Roundup herbicida cujo princípio ativo é o glifosato, entrou com ação contra a OEHHA, mas perdeu o processo em março de 2017. O glifosato foi então, listado em 2017 como “reconhecido pelo Estado da Califórnia por causar câncer”. Em 15 de março de 2017, a Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) anunciou recomendações resultantes de uma avaliação de risco do glifosato realizada pelo Comitê de Avaliação de Riscos (RAC) da ECHA. No Brasil, por outro lado, o Ministério Público Federal (MPF) tem pressionado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA desde 2008, quando solicitou formalmente para que esta concluísse um estudo toxicológico de uma lista de agrotóxicos, entre os quais se encontrava o glifosato, sendo que o MPF renovou essa solicitação em 2015, logo após a reclassificação do glifosato para grupo 2A pela IARC.






Revista ABHO nº52 (Ano 17 – Julho / Setembro 2018)

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